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BAMANA
Os Bamana (também conhecidos como Bambara) são o povo culturalmente mais dominante no ocidente do Mali. Surgiram como uma secção da realeza do povo Mandinka, os fundadores do Império do Mali, que dominou o actual país até ao século XVII. Actualmente, embora dividam o país com povos como os Dogon, os Bozo e vários povos Islâmicos, os Bamana são ainda o maior grupo étnico do país e a sua língua é a mais falada entre toda a população.
A religião dos Bamana assenta num sistema metafísico e cosmológico, no qual a alma é o principal objecto dos seus cultos e mitos. Esta religião está associada a seis sociedades de iniciação, as jow, que propõem transmitir não só as crenças espirituais Bamana, como também os seus conceitos societais e condutas morais. As seis sociedades são N’tomo, Komo, Nama, Kono, Chi Wara e Kore. Só depois de passar por todas estas sociedades é que um indivíduo é considerado completo, por ter “renascido” segundo os ideais da comunidade Bamana.
Cada uma das jow tem um determinado tipo de máscara associado. As mais emblemáticas são as máscaras N’tomo, que apresentam uma face humana coroada por um pente alto de cornos ou espigos, e as Kore, a última das jow, que representam animais como hienas (nas máscaras sukuru) e babuínos (nas máscaras ngon). As máscaras são quase sempre zoomórficas ou antropozoomórficas, e são características pelas suas formas geométricas e sintetizadas, com feições de expressão forte. As figuras estão normalmente associadas a outros rituais, com foco na fertilidade e na passagem à idade adulta.
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