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SONGYE
Cerca de trinta e quatro povoações, a oeste do rio Lualaba, compõem o território dos Songye, um dos maiores povos da República Democrática do Congo. As suas origens remontam à formação do Império Luba, povo com o qual partilham dois antepassados conhecidos como Kongolo e Chimbale, figuras cruciais na fundação do império, no século XVI. Após divergências políticas dentro do reino, um grupo separou-se e migrou para norte, estabelecendo o que hoje conhecemos como os Songye.
Embora sejam um povo tradicionalmente dedicado à agricultura e à caça, os Songye são extremamente hábeis no trabalho do ferro, especialmente na produção de armas, que serviam para troca com povos vizinhos como os Hemba e os próprios Luba. Além da origem, das tradições linguísticas e da relação de proximidade, os Songye partilham com os Luba as sociedades Kifwebe, círculos secretos que mantêm o equilíbrio das comunidades através de danças rituais com máscaras.
As máscaras Kifwebe representam tanto seres masculinos, para os rituais de iniciação e funerais, como femininos, para cerimónias públicas e rituais de fertilidade. Características pelo seu formato estilizado, com formas rectilíneas estendidas de modo saliente e padrões geométricos esculpidos, as máscaras são o elemento mais popular entre a expressão artística dos Songye.
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