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GREBO
Apesar de muito apreciadas, pouco se sabe sobre o uso destas máscaras entre o povo Grebo da Libéria. Grebo significa literalmente “aqueles que o conseguiram cruzando a água” e, de acordo com as lendas, “os que migraram do mar para o seu habitat actual”.
Nos relatos mais especulativos, afirma-se que os antepassados mais antigos destes povos haviam visto chegar visitantes vindos do céu, em equipamentos estranhos esculpidos em pedra, o que os levou a criar máscaras à semelhança desses deuses. Diz-se que estas máscaras de múltiplos olhos tubulares – normalmente, quatro ou seis – eram usadas pelos chefes nas batalhas para aterrorizar o inimigo e também nas cerimónias dos funerais dos guerreiros mortos.
A multiplicidade dos olhos nestas máscaras garante a quem as usa um poder visionário e de adivinhação.
Desde os primeiros anos do século XX que estes artefactos começaram a circular em Paris, chamando a atenção dos artistas modernistas que lá se encontravam, em particular Brancusi e Picasso. O artista andaluz acabou por adquirir duas delas para a sua colecção, e terá sido inspirado nessa estética que criou a obra “Guitare” (1912), considerada como a primeira escultura cubista.
Todas as obras expostas no espaço da Cruzes Canhoto estão agora disponíveis para aquisição online.
Para o fazer, entre em contacto directo com a galeria.